HISTÓRIAS

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Inteligência

Na sexta passada eu e uns amigos bebíamos vinho (coisa do meu amigo sommelier, Branco), comendo mussarela de búfala recheada com damasco (coisas do meu chiquetérrimo amigo Gringon) e discutíamos a educação. A educação de forma bem geral. Aquela que recebemos da família, aprendida na escola ou aquela que aprendemos por meio da experiência individual e vivências diversas. É legal que a gente sempre se exalta e o bate papo vira debate. 

Me bateu vontade de escrever sobre isso hoje (inteligência) porque recentemente uma pessoa falou que me admirava e a minha inteligência..... blá, blá, blá... Não que eu não me importe, fico extremamente envaidecida, agradeci e tals... 

Deixa prá lá! Só quero dizer o que acho... 

Acho essa coisa de inteligência uma grande bobagem. Acho apenas que existem pessoas que tentam, e conseguem, fazer uma manutenção do conhecimento. Acho que eu tenho várias camadas sedimentadas de pequenos e diversos conhecimentos. Quando me reúno com meus amigos, faço manutenção desse conhecimento diverso, pegando deles um pouco do que mais sabem. Quando estou nas aulas na faculdade, meus questionamentos vão muito além da aula e geralmente não é nada relacionado à ela. Eu viajo. Se eu não questiono, não significa que não tenha muitas dúvidas, pode significar que as tenho em demasia e nem saiba por onde começar a perguntar. Então, ao invés de anotar o que o professor fala, eu anoto meus questionamentos. Quanto chego em casa entre uma linha e outra de um relatório de estágio ou na hora que escrever sobre TCC satura, eu pego o meu caderno de anotações, cheio de nuvens,  e vou atrás das minhas loucuras.

Acho que essas loucuras são necessárias para que a gente se desprenda da seriedade das coisas. Nesses momentos vou atrás das mais diversas dúvidas que tive durante as aulas. Então o professor citou um filme e eu não consegui entender o nome, nem sempre eu pergunto o nome novamente, anoto o fragmento e peço ajuda ao Tio Google. Que legal se ao invés de achar o tal filme eu achar um artigo sobre ele, ou achar um outro artigo que não tem nada a ver com ele...  tenham certeza eu vou ler. Ouvi hoje do Professor Ewerton: "isso fica arquivado" e uma hora você saca esse conhecimento do arquivo e usa para uma proposta totalmente diferente. 

O nome que dou a esses momentos de loucuras e questionamentos é: manutenção de conhecimento. São camadas que vão se formando, transformando e reformando meus conhecimentos prévios e algumas vezes, fazendo toda essa construção ruir, me dando um trabalhão danado para reconstruir tudo aquilo que um dia achei que era verdade absoluta.

Quando escrevo um texto, releio 3 ou 4 vezes. E todas as vezes mexo em algo que achei que não ficou bom. É uma experiência, que queira ou não, me trás conhecimento. Manutenção. 
Quando ouço uma palavra diferente, cujo significado não entendo... exemplo: Alteridade. Encasquetei com essa palavra lendo Amor líquido do Bauman (deixarei que encasquetem também, pois aprendi que quando pesquisamos, gravamos de forma mais efetiva). Manutenção.
Com o tempo e as diversas pesquisas, a gente vai percebendo que algumas coisas vão fazendo sentido naturalmente e não demandam mais tanta busca, as buscas são outras agora, mais específicas. 

Pra mim não existe inteligência e sim curiosidade. Curiosidade que te leva a pesquisar para entender algo. Algo que se torna uma camada sedimentada na sua lista de conhecimentos diversos alcançados através da curiosidade e pesquisa. Pesquisa que trás novidades e mais uma camada sedimentada. Isso é manutenção de conhecimento. Chamo de sedimentação pois essa camada que conseguiu, de conhecimento e tals... faz parte da sua vida a partir do momento da pesquisa. Ela vai continuar lá, como parte do seu todo, caso você precise. Se não precisar, ela fez parte da construção do que você é hoje. Abaixo, uma imagem de onde quero chegar. Acho que já consegui até aquela primeira camada branca... lá embaixo.... tá vendo?



Pesquisa, toda pesquisa, demanda tempo, paciência e leitura. Não adianta tentar fazer essa manutenção sem ler ou a única sedimentação que terá, será da poeira se assentando sobre o seu conhecimento. 

Obrigada, meus amigos de toda vida, pela oportunidade de melhorar sempre. Júlio e Thiago... tá vendo o que vocês fazem?? Continuem assim.! : )

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Fórum de Educação da Ítalo

Ontem foi o segundo e último dia da programação do Fórum de Educação dos Sonhos Possíveis na Ítalo. Nos dias 13 e 14 teve várias apresentações de professores e alunos. Eu não estava na segunda-feira mas ontem compareci no período da manhã. A palestrante da manhã foi a Sueli Pecci Passerini que escreveu "O fio de ariadne" ela falou um pouco sobre a pedagogia Waldorf. O livro dela fala sobre a importância de contar histórias a crianças. Por que alimentar a imaginação de crianças e jovens, nos dias de hoje, com lendas e contos aparentemente inverossímeis? Um livro dirigido para professores, mas que os pais também deveriam ler. Abaixo foto da capa do livro.


Uma parte muito interessante do livro fala sobre quais tipos de histórias são interessantes para crianças em idades diferentes até a adolescência. Tem muitos outros pontos interessantes, mas este foi o que mais me chamou atenção. Não consegui o livro em livrarias quando procurei, pois estava esgotado. Um dia andando pela Vieira de Morais, entrei no Sebo Museu do Livro (sempre vou lá paquerar livros), olhando as lombadas, dei de cara com ele. Um soco no estômago, 45 paus... mas estava esgotado... então comprei. Li em dois dias. Me ajudou muito a preparar aulas. Um detalhe interessante foi que o livro veio aparentemente intocado, só não estava lacrado e passou pelas mãos da Sueli, visto que estava autografado. Hoje pesquisei pelo livro nas livrarias e está disponível somente sob encomenda ou direto na Editora Antroposófica, pra facilitar o link está aqui
Antes da apresentação da Sueli, uma menina e um pandeiro contaram a história do berimbau. Casou perfeitamente as duas apresentações, detesto não lembrar o nome de alguém e não me lembro o nome da contadora de histórias, mas tenho uma foto e filme também! Hoje cedo exercitei minha memória, meu celular não permitiu gravar toda a história, então mostrei o início dela para minhas sobrinhas e contei o restante... Foi sucesso.

Quem souber o nome dela me fala, por favor, para eu corrigir minha falha. A cabeça anda a mil com tanta coisa pra fazer. Quando venho aqui escrever é para relaxar, então já sabem porque estou um pouco ausente do blog. Falta tempo até pra relaxar.

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

HQ - HágaQuê

A aula do Robson na última terça (30/09) foi sobre Histórias em Quadrinhos que se instaurou 1896, quando houve a junção da imagem com o verbal. Falou das vertentes, tipos de narrativas, tipos de balões, onomatopéias, etc... Falou da ideia de usar os quadrinhos em sala de aula, pois é uma linguagem muito bem aceita entre crianças e jovens. Abrangendo todas as idades. Ele disponibilizou no blog dele, novo pacote de textos e pediu que lessemos, pois vai pintar um novo trabalho por aí e os textos vão ajudar muito na composição. Abaixo uma HQ estilo Robson e com a minha cara!

Achei um pacote de 8 aulas  AQUI . Nessas aulas fala sobre um software educativo HágaQuê. É só baixar e colocar a galerinha pra trabalhar. Para não pagar king kong, melhor usar o software antes deles. Tem esse tutorial abaixo ensinando como mexer.


Tem o trabalho da escultura para entregar na próxima aula.